terça-feira, 18 de novembro de 2014

Pára o mundo que eu exijo descer

Quando não se tem fogão o que acontece? Você se torna uma super ninja do micro-ondas, aprende a “fritar ovo”, fazer sopa instantânea, fica expert em ferver água para o chá, nescau e afins, se torna cliente vip da Dr. Oetker delicias do Brasil, e por ai vai. Mas e quando a caspta do micro-ondas resolve pifar?

Eu já estava me sentindo meio indígena antes, agora pronto, vou ter que comer só comida crua. Tchau sociedade, vou ali me hospedar num museu.  Já não basta lavar roupa na mão, comer e beber somente coisas que não exigem refrigeração, não ter fogão e ter uma internet que não carrega videos, agora minha tecnologia mais útil resolveu queimar e se tornar inútil. Legal.
Por favor, para o mundo que eu exijo descer!

Gente, vou ser sincera, isso é só uma parte da minha amargura, porque a verdade é que estou chata demais. Já passei por coisas muito piores, e sei que posso ser ainda mais insuportável, mas não quero ser. O fato inegável é que todos passam por situações desagradáveis, vexatórias ou ruins, e embora eu já tenha me deixado escurecer uma vez, não estou mais disposta a deixar isso acontecer. Nunca mais quero me tornar o ser quase monossilábico, agressivo, triste e balofo que um dia me tornei. Não posso deixar que as circunstâncias ditem as regras de quem eu sou. Porque eu escolhi nascer de novo em Cristo. Escolhi ser nova criatura. E dessa escolha não se volta atrás.

As coisas também não deram certo para o meu salvador. Jesus foi traído, acusado, agredido, humilhado e morto. E quando Ele ressuscitou tinha todo o poder de fazer vingança, de destruir o mundo ou de se amargurar e entristecer, mas ele escolheu amar ao invés de odiar. E é o que eu escolho também. Já fiz a escolha errada uma vez, me tornei uma pessoa horrível, me afastei das pessoas que eu amava, deixei de sorrir, de brincar, de amar e para que? Outra grande verdade é que colhemos aquilo que plantamos e se eu escolher começar a plantar o pior de mim, é isso que vou receber também, o pior dos outros. Quero, de verdade, que os frutos da minha vida venham de um espírito saudável e sejam portanto, frutos saudáveis.

Hoje aconteceu uma coisa boba e eu me estressei tanto, que juro juradinho que se me dessem moral eu teria estapeado a cara de uma e arrancado o cabelo de uma outra. Mas uma pessoa fez um comentário que me fez refletir. Pensando bem, é assim que tenho estado nos últimos tempos, com poucos momentos de sayurices, mas emburrada e murmuradora quase o tempo todo. Não vou dizer que as coisas estão normais, não estão. Também não estão fáceis. Mas acho que enquanto eu mantiver uma postura agradável e amorosa, eu ainda estarei ganhando.

Afinal, tem também tanta coisa boa acontecendo, esses dias não apenas voltei a sentir vontade de escrever como de fato estou escrevendo e isso é bom. Hoje as coisas podem estar estranhas, mas graças a Deus estou saudável, posso trabalhar, posso conquistar coisas, tenho uma família que amo, frequento uma igreja que me abençoa todo culto, tenho amigos que considero, tenho disposição para substituir os sonhos perdidos, tenho outro dia para sorrir, para brincar, orar e ser feliz e para começar um regime novamente (rs). Então, chega de perder tempo se lamentando, porque lamentação não faz milagres acontecer, certo?

Se não tiver micro-ondas, então acho que vou ter que me tornar a ninja das frutas, pelo menos serei uma ninja magra e saudável. Pronto.

Bom, galerinha, é isso. Se você também estiver numa fase ruim, quero te dizer que ela vai passar, mas enquanto não passa, sorria mesmo assim, você foi escolhido para viver mais um dia e não vale a pena desperdiça-lo.


Beijinhos e fiquem com Deus.

Não tem ninguém

Já que hoje é segunda e por um milagre divino minha internet 3g resolveu trabalhar, vou aproveitar para publicar mais um post.

Gente, eu já falei para vocês que estou passando por um mundaréu de mudanças, o que não especifiquei é que uma delas é a mudança de casa. Faz uns 20 dias que estou morando quase sozinha.

QUASE porque na verdade verdadeira estou morando com meu tio, mas se alguém conhece meu tio, já sabe porque eu estou falando isso. Pensa numa pessoa tranquila, então, ele. Fora que ele chega em casa tarde da noite e saí antes das 6h, na prática eu tenho os finais de semana para falar com ele, mas nos finais de semana sou eu que saio de casa antes dele acordar e chego quando ele já dormiu, então, é isso que significa morar quase sozinha.

Tenho muitas impressões negativas, mas a maioria delas não se refere exatamente ao fato de estar sozinha, mas sim, de estar sozinha num lugar bem mais longe do metrô, numa casa bem menor, com vizinhos bem mais barulhentos e o pior de tudo, sem minha protetora guerreira que faz o meu mundo muito melhor, que é minha mãe. Então é claro que essa situação não pode competir, nem de longe, com a anterior, mas fora tudo isso, queria falar mesmo das coisas que acontecem SÓ porque você está quase sozinha. Rs

Fiz uma listinha que não é exatamente um top 10, porque os tópicos não estão num ranking de nada, são apenas constatações que um dia, se você morar sozinho ou quase sozinho vai constatar também.

1.      A primeira coisa, que todo mundo já está cansado de ouvir, é que quando se mora sozinho as coisas não acontecem sozinhas também, então suas roupas não se lavam, nunca tem comida pronta ao chegar em casa, ninguém coloca papel higiênico no banheiro, mas também você pode ir buscar o papel higiênico com a bumbum de fora que não tem ninguém para ver.

2.      Outra coisa, que é obvia, mas que acontece, é que você pode até lembrar de comprar comida quando está com fome, ou comprar produtos de higiene pessoal com facilidade, mas é também facílimo esquecer de comprar coisas muito básicas como sal, detergente, ou sabão em pó. E mesmo fazendo umas listinhas antes de ir ao mercado, eu acabo esquecendo essas coisas, acreditem. Hoje, cheguei em casa, fiz chá no micro-ondas, porque eu não tenho fogão, e então, quando fui adoçar o que percebi? Sem açúcar. Legal. Como é que estou sem açúcar há 20 dias e não percebi? Vai saber...

3.      Outra coisa boba, que já aconteceu comigo e que se você é distraído como eu, vai acontecer com você também, é que quando você perde o celular não tem ninguém para simplesmente ligar para ele a fim de que você o ache pelo som.

4.      E se você esquece de tirar dinheiro para pagar o ônibus, não tem ninguém para te emprestar R$3,00, e você fica preso em casa, ou no meu caso, tem que fazer uma longa caminhada. Aliás, dinheiro em geral é um problema, faz tempo que eu já não peço dinheiro para minha mãe para nada, mas, é bom ter aquela segurança de que se em algum momento você precisar de alguns trocados terá alguém em casa para emprestar, mas, já sabem, quando se mora quase sozinho, não tem.

5.      Não tem ninguém para saber quando você não está bem, e não estou falando só fisicamente, mas sabe aqueles momentos que você chora escondido, mas sua mãe só de olhar sabe que você está triste? Então, não tem. Outro dia tive febre durante a noite e então descobri o valor daqueles benditos comprimidos que minha mãe cismava em comprar aleatoriamente.

6.      Não tem ninguém para te lembrar de coisas simples: Leve o guarda-chuva, coloque blusa de frio na bolsa ou não saia com essa roupa ridícula.

7.      Ninguém come seu chocolate e também não compartilha nada com você.

8.      Você pode fazer qualquer coisa sem que ninguém te julgue ou brigue com você. Sentiu vontade de dar cambalhota na sala? Vai em frente, se você quebra alguma coisa terá que limpar sozinho e se for um lance importante, vai ter que gastar dinheiro substituindo, mas na prática, o que te impede? Quer dançar pelado? Só não esquece de fechar as janelas. Enfim, você está livre para fazer tudo que o que quiser.

9.      Pode ouvir música ou ver vídeos sem precisar usar fones. Mas, olha o bom senso, heim? Morar sozinho não significa não ter vizinhos.

1.   Se você por acaso tiver um infarto, bom, vai morrer, porque não terá ninguém para te socorrer.

Enfim, tudo se resume em não tem ninguém. Mas só quando você realmente não tem ninguém, você se lembra do valor de alguém.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Dados

Rá! E eu achando que esse espacinho não valia mais nada, sei de nada mesmo, sou inocente, porque vejam vocês, com seus próprios olhinhos que um dia a terra há de comer ou o fogo há de queimar.



Tcharãããã! Só quero dizer que se não existissem outros 1.766.565 blogs com conteúdo melhor (isso só no Brasil) eu estaria em primeiro lugar! Dã! Rs

E quero saber quem é que está recebendo meus trezentos mangos, heim produção? Porque há quase 5 anos, salvo algumas ausências eternas, tenho me dedicado a esse espacinho 100% de graça.

Brincadeira galerinha, é só brinks (sempre quis usar essa gíria, confesso), achei essa análise gratuitamente no google, e me pareceu interessante E humilhante, então resolvi compartilhar com vocês, porque afinal, dignidade é algo que vocês já sabem, não se vê por aqui.

Genteee, deixa eu contar uma novidade, escolha uma das alternativas abaixo, vamos ver se vocês acertam:

Mais um mês e...

Resposta A) Acabou o ano.
Resposta B) Acabou a facul.
Resposta C) Acabaram as ausências eternas.

Se você respondeu a alternativa A, B ou C, sua resposta está... (que rufem os tambores) errada!!! Uuuuuuuu!!

A resposta correta é a D, que por acaso eu não coloquei lá só para dar mais emoção, mas corresponde a seguinte opção: Resposta D) TODAS as anteriores.

Bom, pelo menos assim espero.

Sobre o ano, gente, se alguém não gostou do fato do ano estar acabando, sei lá, fala com Jeová. Ixi, até rimou. É uma derrota essas rimas involuntárias, acontece com mais alguém?

Sobre a facul, é meio verdade, porque eu ainda tenho que pagar milhares e milhares de horas complementares e horas de estágio, que por acaso eu acho que são uma “armadilha de satanás”. Só acho. Isso sem contar com a possibilidade de uma DP, porque se eu tiver alguma DP lascou tudo mesmo, mas enfim, estou pensando em postergar, da forma mais procrastinadora possível, todas essas coisas relacionadas a facul para o segundo semestre de 2015, o que significa que, por seis meses, a faculdade terá acabado para mim, e isso torna a opção B verdadeira também.

Com relação as ausências eternas, bom, é aquela velha história, vou tentar.  Mas é tipo regime, que eu sempre falo que vou tentar, começo empolgada, mas quando aparece a primeira barra de chocolate na minha frente, pronto! Re o que? Então, meio que vocês são o regime, e o chocolate é o aperto no tempo, entenderam essa comparação super perfeita? #sóquenão

Aliás, VOCÊS quem? Pelo que me consta, sou eu mesma que visito meu próprio blog todas as trezentas vezes citadas na análise acima. Brincadeira... ... ... ... mais ou menos... ... ... Não, brincadeira sim... ... ...Tá bom, eu entro algumas vezes para ver se alguém entrou, mas não trezentas vezes por mês, sério.

E porque esta pessoa desocupada que vos escreve está, ás 2h de la matina, enchendo-os de baboseiras? Em primeiro lugar não são exatamente baboseiras, são dados! Nossa vida está cheia de dados e nem sempre eles favorecem a nossa fé.

Em segundo lugar, o que mais eu poderia fazer com essa análise alheia do meu blog , por exemplo? Piada. Humor. Um post que te faça refletir sobre os dados contrários a sua fé. Tcharãã!

Ouvi dizer que um menino que tinha só 5 pães e dois peixinhos alimentou uma multidão... foi o que me disseram. Rs

Os dados são ridiculamente sem potencial, né? Temos um menino, 5 pãezinhos, 3 peixinhos e uma imensa multidão. Mas, assim como esses dados, há muitas coisas que simplesmente não combinam. 

A vida, quase sempre, não é nada linear, parece até minha estante de livros, que quando está organizada é linda, mas significa que estou lendo pouco, mas quando está bagunçada. Ahh! Aí sim! 
Significa que a leitura está em dia e apesar da coisa não ficar assim muito bonita, certamente estará funcional.

Vamos lá, entenda, não estamos mais falando de uma análise qualquer do meu blog.  

Seria mais fácil acreditar que a multidão seria saciada se os dados fossem assim: 100 homens com 10 mil pães, perto de um rio com um imenso cardume, assim dá para acreditar, é ou não é? Não é!

Eu não sei como está a vida de vocês, mas a minha está um desastre, está parecendo um labirinto de peças de dominó em que a primeira peça caiu, fazendo todas as outras desabarem. Brigas, frustrações, sonhos perdidos, bagunça total, choros e mudanças, muitas mudanças. Os dados não têm o menor potencial. Mas fé é um lance sobre o qual eu não me canso de falar. A fé é a certeza das coisas que se espera e a convicção de fatos que não se vê.

Não importa se os dados não combinem ou não tenham potencial, Deus tem um plano. E quando Deus entra na “parada” as estatísticas se frustram, as contas não têm mais lógica, os dados não comprometem o final da história.

Fico imaginando a carinha dos discípulos de Jesus, olhando para toda aquela multidão e imaginando o que fariam para alimentar todo mundo, me pergunto se nesse momento algum discípulo chorou de desespero, ou "pediu para sair". Porque eu me encontro justamente nesse ponto, olhando desesperadamente para multidão.

Vocês já devem saber o que isso significa...Significa que falta pouco para o milagre acontecer!

Gente, é isso, não sei se vai fazer sentido para vocês, mas a essa altura do campeonato, faz muito sentido para mim.

“Outro” pra vocês!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A COPA de 2002

Em 2002 eu tinha lá meus 16 anos e era ano de COPA, assim como esse. Lembro  que a maioria dos jogos aconteciam nas madrugadas e que o povo estava tão sem esperança, que estávamos  sentenciados a derrota mesmo antes da COPA começar.

Nunca entendi nada sobre futebol, sabia apenas que bola na rede do adversário era nosso gol. Sabia que eu gostava do goleiro Marcos, do Kaká, do Ronaldinho Gaúcho e só. Mesmo assim, por alguma razão que até hoje não sei qual, acreditei no Brasil. E quando alguém me perguntava o que eu pensava sobre o resultado da COPA, eu respondia sem nem mesmo titubear: - O Brasil vai ganhar!

As pessoas riram de mim, mas o Brasil ganhou!

E essa foi uma lição que eu levei para o resto da vida, mas no meu coração, já não se tratava mais de Brasil ou de COPA, era particularmente algo de Deus e de fé.

Não fui eu que corri na quadra, que joguei futebol ou que chutei a bola para o gol nem uma  única vez se quer, mas o Brasil ganhou!

Sei que as vezes, a fé parece coisa de gente preguiçosa, que não quer correr atrás dos objetivos e então fica só na torcida esperando algo acontecer, mas não é.

Fé é quando você não tem poder nenhum para mudar uma situação, mas crê que uma força maior que a sua vai fazer algo acontecer. Essa força é Deus, Ele age quando não há mais esperança, ou nada que você possa fazer, a não ser torcer e acreditar... e sabe o que acontece? Não importa quantos riam de você, o “Brasil” vai ganhar.


E se vocês me perguntarem porque nos anos seguintes o Brasil não ganhou, a resposta é muito simples: - Porque eu não estava na torcida! rs

sexta-feira, 2 de maio de 2014

O bom filho à casa torna

E aí galerinha, tudo certinho por aí?

Gente, é o seguinte, quero dar uma cara nova para o blog.

Ok, sei que já disse isso muitas vezes, mas agora é sério. Tá bom, das outras vezes também era, mas assim, vocês entenderam, né? (Rs) Dessa vez é mais sério que das outras vezes sérias, eu acho, ou talvez eu só queira voltar a escrever, sei lá.

Então, todo mundo sabe – e quem não sabe, fica sabendo agora – que eu sempre gostei pra caramba de escrever e ler. Sim, nessa ordem. (Mas vem cá, deixa eu perguntar uma coisa, pra caramba é palavrão? hihi)
Eu fazia redações na escola e minhas professoras de português sempre elogiavam, muito mais pela imaginação fértil do que pela gramática, confesso, mas elogiavam mesmo assim.

Então eu fui crescendo e como milhares de pessoas pelo mundo, comecei a cultivar o sonho de ser escritora.

Na adolescência até escrevia uma coluna para o jornalzinho da igreja e quando fiquei mais jovenzinha eu era tipo a “redatora-chefe” de outro jornalzinho também da igreja.

Pode não parecer nada, qualquer um pode encher umas 5 folhas de sulfite por mês com algumas palavras, mas apesar de ser uma coisa tão boba, eu me enchia de orgulho e satisfação.

 Em 2010, quando comprei meu notebook  – sim, ele é bem velho -  e o jornalzinho da igreja não fazia mais parte da minha vida, resolvi criar esse blog.

No começo tinha vergonha, achava que ia ser julgada, que as pessoas me achariam boba, me criticariam, ou então, que ninguém leria, e para ser bem sincera, eu tinha alguma razão, as visualizações eram poucas e as criticas também apareceram, e mesmo aquelas críticas mais pertinentes e construtivas caiam como uma pedra bem no meio do estômago. Afinal, crítica é crítica e por mais que ajude, também dói, se fosse boa e indolor seria chamada de elogio, certo? E às vezes eu desanimava e sentia vontade de desistir, mas continuei, por um, dois, três anos, e então parei, não parei por desânimo, parei porque precisava dormir, porque eu acordava cedo para trabalhar, depois ia para a faculdade e nos finais de semana eu queria passar um tempo com Deus, com a família, com o namorado, parei porque estava estafada, nervosa, chata até e ninguém merece ficar ouvindo lamentações, então tive a sabedoria de dar uma longa pausa nas publicações por aqui.

Mas foi com o blog que aprendi a rir dos meus enganos, dos meus tombos, das minhas bobagens.
Foi com vocês que eu compartilhei meus sonhos, minhas realizações e também alguns fracassos, afinal, a vida real não é feita só de doces, não é verdade?

Com vocês eu percebi que nasci com um pézinho no circo, que sou tonta, que eu não sou padrão beleza, e que eu nunca vou ser uma mulher perfeita para o homem perfeito, mas tudo bem, descobri também que minhas singularidades têm seu valor.

Descobri que eu passava muito tempo tentando provar para as pessoas que gente cristã era legal, quando eu deveria gastar muito mais tempo obedecendo e tentando agradar o coração de Deus.

O blog me rendeu alguns poucos convites, alguns poucos amigos e muitos sorrisos. Sem perceber vi aquele sonho de ser escritora se realizar, afinal, ser escritora não é isso? Escrever e ter seus textos lidos? Se um dia ganharei dinheiro com o que escrevo é outro papo, espero que sim, mas se não acontecer, que pelo menos eu continue a receber crescimento e alegria. Já é um bom salário.

Gente, vou tentar – do verbo não me cobrem – voltar com os textos, pelo menos mensais, parece pouco, mas acho que é melhor que nada. E quero mesmo dar uma cara nova para o blog, quem sabe contar para vocês minhas tentativas, quase sempre frustradas, de emagrecer, ou os planos para o casório, sei lá. O ideal seria conseguir postar ao menos uma vez por semana, mas, não vou prometer porque, né? Vai que não dá certo. Mas vou me esforçar muito para postar pelo menos mais 7 vezes esse ano, sim, porque essa postagem já conta para o mês de maio.

Galerinha, obrigada por me ler(ou não) e fiquem com Deus, logo tem mais!


Beijinhos

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Relacionamento com Deus

A verdade, bloguinho, é que eu te amo, e não importa quanto tempo passe, eu sempre quero voltar para você.

Oi galera!

Eu sei, não precisa dizer, faz tempo, tempo demais, eu diria.

Esse post não é para dizer que eu vou voltar, mas é para dizer que eu gostaria.

É engraçado e até pouco estranho pensar na relação que mantive com o blog nos dois anos em que ele ficou efetivamente ativo. Nunca foi um trabalho e pela responsabilidade que eu sentia, também não posso dizer que era unicamente lazer, a verdade é que eu gostaria que fosse trabalho, gostaria de ter o prazer e obrigação de estar com vocês todo dia, de fazer disso aqui, meu “ganha pão”, mas tudo que consegui foi alimentar uma relação singela e não profissional de mútuo carinho, então, por mim, tudo bem.

Bom, chega de lamentações e vamos às atualizações:

Gente, graças ao bom Deus, estou no penúltimo ano da faculdade, até poderia ser o último se eu não tivesse 800h de estágio para fazer e 400h de horário complementar para entregar. Depois da faculdade, se for essa a vontade de Deus, gostaria de casar, e se não for, penso muito seriamente em mudar de profissão, voltar ao teatro, viajar e deixar a vida passar com um pouco mais de prazer. Porque confesso, meus queridos, que a rotina de trabalho intenso e faculdade têm me deixado meio amarguinha, além é claro, de ter me afastado de pessoas que muito amo.

Não comprei um cachorro gordinho, não ganhei muito dinheiro em algum sorteio maluco, não mudei de casa, não arranjei um editor para os meus textos e não tirei a carta de motorista depois daquela minha trágica tentativa que, por acaso, vocês acompanharam por aqui.

Pronto, atualizações feitas, e agora eu queria contar algo que um dia desses aprendi.

Eu quero falar sobre dízimo, o que além de ser um papo polêmico, também é mais especificamente para galera cristã.

Tem gente que abomina a prática do dízimo. E se você começou a ler e não sabe o que é isso, vou tentar explicar melhor. Dízimo é a décima parte de tudo aquilo que ganhamos e que devolvemos em gratidão a Deus, ou seja, corresponde a 10% do seu pagamento, que você entrega à igreja.

Eu sempre achei que o dízimo deveria ser algo voluntário, deveria partir da nossa vontade de agradar a Deus e nunca deveria ser apenas uma obrigação.

Para ser sincera, sempre que faltava dinheiro no meu orçamento, a primeira coisa que eu deixava de pagar era o dízimo, afinal, achava sempre que Deus ia entender e que por não ser uma obrigação, eu poderia dar esse dinheiro quando quisesse e eu fazia tanto isso, que aos pouco parei completamente de pagar.

Vale lembrar que meu pastor nunca me tratou diferente por eu deixar de dar esse dinheiro à igreja, ninguém nunca me cobrou.

Embora eu assistisse com frequência ministrações sobre a importância dessa prática, eu achava simplesmente que davam aqueles que podiam, e eu não podia naquele momento. Intimamente eu sabia que eu nunca ia achar que poderia pagar, sempre ia conseguir dar um destino “melhor” ao dinheiro do dízimo.
E foi assim, até que eu me descontrolei tanto nos gastos que, mesmo ganhando relativamente bem, não estava conseguindo pagar as contas, todo mês faltava um dinheirão para pagar meus compromissos, não estou falando de R$ 100,00 ou R$ 200,00, estou falando de mais de mil reais por mês, comecei atrasar minhas mensalidades de tudo e aí, claro, corri para Deus e comecei a chorar e orar, foi quando aprendi algo muito importante que quero compartilhar agora com vocês.

Deus começou a falar comigo sobre compromisso, sobre aliança, e Ele começou a me ensinar, por meio da bíblia, que fidelidade não é algo unilateral.

Nós cansamos de dizer e ouvir que Deus é fiel, o que realmente é fato inquestionável, Ele nos demonstra isso todos os dias, de diversas formas, mas como é que nós podemos demonstrar a Deus que somos fiéis?

Aprendi que dízimo não é dinheiro, é compromisso, é aliança, é uma das minhas responsabilidades no relacionamento com Deus. Porque todo relacionamento exige de nós algum tipo de dedicação, seja um namoro, uma amizade, seja um relacionamento de pai para filho, e com Deus não é diferente.

Deus não é um ser que adoramos de longe e que serve para satisfazer nossos desejos. Apesar de ser tão poderoso e tão grande, Deus também deseja ter parte conosco através de um intimo relacionamento.

Então, mesmo faltando dinheiro no fim do mês, eu comecei a pagar o dízimo, eu tirava dinheiro da alimentação, do lazer, de qualquer coisa, mas o dízimo se tornou a primeira coisa que eu separava quando recebia o salário.  Não vou dizer que no mesmo mês ganhei um dinheirão que cobriu todas as minhas dívidas e despesas, não foi assim. Passei mais alguns meses “no aperto”, mas quando me dei conta, eu havia conseguido negociar minhas dívidas e tudo estava caminhando bem novamente. Deus fez literalmente um milagre na minha vida financeira.

Algum tempo depois, quando eu já estava menos “enforcada”, comecei a pagar meu dízimo num valor maior que 10%, com isso eu queria muito que Deus soubesse que eu reconhecia sua mão milagrosa sobre minhas finanças. Para minha surpresa, tempos depois, tive um reajuste salarial muito bom e comecei a receber exatamente o valor que correspondia ao dízimo que eu estava pagando. Coincidência, minha gente? Não. O nome disso é relacionamento com Deus.

Deus não precisa do nosso dinheiro, sério mesmo, não precisa, mas Deus merece nosso compromisso, Deus merece nossa dedicação, Deus merece e deseja que nosso relacionamento com Ele não seja robótico, ou distante, Deus nos dá sim esperança todos os dias, todo o tempo, mas Ele também deseja e espera algo de nós, espera que façamos nossa parte na aliança que temos com Ele.

Bom galera, é isso. Se você acha que quero incentiva-lo a dar o dízimo, sim, eu quero. Mas apenas se você ama e conhece a Deus. Caso contrário, isso não serve para você, ou seja, não precisa criticar uma prática que não é sua e sobre a qual ninguém está te exigindo nada, ok?

Muitos beijinhos e fiquem com Deus.