terça-feira, 22 de setembro de 2015

55 gramas de feijão

Fomos a farmácia um pouco empolgados por fazer algo assim pela primeira vez. No meu caso, era mais uma mistura estranha de empolgação e ao mesmo tempo vergonha, afinal, agora geral saberia que eu não era mais uma mocinha donzela.
Verdade seja dita, sempre quis fazer aqueles testes de farmácia, mas não fazia sentido fazer o teste tendo a certeza de que seria negativo, não que dessa vez eu suspeitasse que seria positivo, mas a situação era divertida demais para deixar que a razão assumisse.

Compramos, levamos para casa e lemos as instruções, eu só precisaria fazer xixi num copinho minúsculo e depois mergulhar um palitinho esquisito no meu xixi, em seis minutos sairia o resultado. Fiz tudo conforme as instruções, porém, em menos de 30 segundos dois risquinhos apareceram no meio do palitinho. Olhei aquilo mais de perto, depois li novamente a parte das instruções que falava do resultado. Antes mesmo de vestir as calças gritei para o Bru, que estava em outro cômodo da casa: - Bru, acho que estamos grávidos!

Consultamos o Sr. Google e vimos que vários fatores poderiam resultar num falso positivo. Então não nos abalamos, mas, alguns dias depois compramos outro teste de farmácia, de outra marca obviamente. Não sabíamos se a marca do primeiro teste era meio "badarosca", digo, duvidosa. Mas foi a mesma coisa, xixi, palitinho e grito:  - Bru, acho que estamos MUITO grávidos. - Mas, sei lá, ainda não dava para acreditar.

Fui a uma consulta com um clínico geral e pedi que ele me encaminhasse para fazer o exame de BHCG. O resultado saiu no mesmo dia, mas era uma porção de números estranhos, parecia positivo, mas podia não ser. Porque ao invés daquele monte de números não estava apenas a frase "Moça, você está muito grávida"?

Consultei um obstetra, meio estranho por sinal, entendi só metade do que ele disse, mas a dúvida principal permanecia, grávida ou não grávida, eis a questão.

Resolvemos conhecer uma outra obstetra, e ela confirmou com todas as letras: "Sim, você está muito grávida".

Ok, agora entendi.

 Depois a médica pegou um aparelhinho retangular e com ele pudemos ouvir batimentos cardíacos vindos da minha pancinha. Nesse momento fiquei feliz, mas ainda não dava para acreditar, sei lá, podiam ser gases.

Então hoje fizemos o ultrassom, e eu imaginei, no máximo, ver uma melequinha disforme que o médico diria ser um bebê, nada maior que um pequeno feijãozinho, mas quando a imagem apareceu na tela, era um bebezinho inteiro, com bracinhos, cabecinha, perninhas...

Meu Deus, agora não tinha mais como duvidar.

Caramba, passei o resto do dia pensando naqueles bracinhos se mexendo, naquele micro bebezinho de 55 gramas, que por acaso era MEU! Deu uma vontade louca de esconder ele do mundo e proteger até ficar grandão, em outros momentos, deu vontade de gritar pela janela: - Tem um bebezinho aqui, e ele é meeeu! - Ou sair parando as pessoas na rua para contar a novidade: - Oi, tudo bem? Prazer. Tô grávida. - Mas agora sei lá, só quero que Deus saiba que eu estou muito grata por ele confiar uma coisinha tão preciosa a mim e ao Bru.

Quero que nasça logo, mas também estou com medo, sei lá, aqui dentro parece que ele está mais seguro, quero cheirar, abraçar, pegar no colo, mas quero que ele fique lá dentro, ele precisa amadurecer, e nós também.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Orientação

Aquele momento estranho em que você percebe que seus posts mais lidos são aqueles em que você conta um fato verídico e sem dignidade sobre sua vida. Não sei não, mas estou começando a achar que “geral” curte quando eu quebro minha carinha, é isso mesmo, produção?

Bom, vamos lá, como já contei, comecei recentemente a trabalhar numa nova empresa, é um escritório de contabilidade, e o primeiro dia de trabalho, sabe como é, né? Foi aquela mistura de bom com ruim. Bom porque era um novo emprego e ruim porque era um novo emprego, deu para sacar? Eu estava feliz por ter conseguido um novo emprego, mas é como o primeiro dia de aula quando se é criança, você olha as outras crianças e quer ficar, mas prefere que sua mãe te leve para casa em segurança, entendeu?

Fazia mais de 7 anos que eu não ingressava, para valer, num novo emprego e acho que por isso eu comecei a ter uns flashbacks dos meus primeiros dias em outras empresas, me lembrei de quando fui estagiária no tribunal de justiça, no meu primeiro dia, fui usar o banheiro e a porta emperrou, fiquei um tempão presa lá dentro imaginando que todo mundo ia achar que eu estava fazendo o número 2, então quando desisti de tentar abrir a porta sozinha, decidi gritar, e como eu não sabia o nome de ninguém, demorou para alguém vir me acudir, um homem empurrou a porta e conseguiu abri-la, mas fez questão de gargalhar debochadamente enquanto me ajudava, é claro que depois disso eu evitei a presença dele todos os dias da minha vida, não dá para ser amigo de alguém que acha que você fez o número 2. rs

Bom, dessa vez, não houve nenhum incidente com a porta do banheiro, mas para ser sincera passei o dia todo com dor de barriga, acho que por nervoso.

Quando se é novata, em geral, as pessoas costumam te tratar com mais gentileza, então  no primeiro dia me convidaram para almoçar, fomos numa padaria e comemos uns salgados, mas no segundo dia eu queria comida de verdade, fui desbravadora e decidi me aventurar, fui sozinha em busca de um bom restaurante, fiz uni-duni-tê e na sorte segui pela esquerda, claro que eu esqueci que eu não tenho sorte nenhuma e depois de andar uns 20 minutos sem achar nada, voltei até a porta da empresa e segui pela direita, para minha surpresa, achei logo na esquina um restaurante desses “BB”, bom e bonito, barato não era, mas almocei lá mesmo assim. No dia seguinte, resolvi perguntar para os veteranos: - Vocês poderiam me indicar um bom restaurante?

- Tem um bem aqui na esquina. – Eles responderam se referindo àquele mesmo que eu havia descoberto depois de peregrinar. Mas como eu não queria dar o braço a torcer, só fiz cara de bonita e agradeci.

A moral da história é que a gente muitas vezes erra por tentar fazer as coisas sem pedir orientação, pode até ser que você acerte o caminho, mas não antes de algumas voltas desnecessárias, acontece quando você busca um bom restaurante para almoçar ou quando você buscar um novo rumo para vida, simples assim.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Glória a Deus

Um dia desses recebi a doce notícia de que eu havia sido selecionada para trabalhar numa empresa. O salário não era assim uma Brastemp, mas o ambiente organizacional era acolhedor e eu não precisaria usar roupas formais durante o expediente. 

Uhuuu! Vou repetir para você poder vibrar comigo: Não vou mais precisar usar roupas sociais!!!

Eu posso ouvir um glória a Deus? 

Bom, antes que você se empolgue e fique feliz da vida por mim, vou contar a continuidade dos eventos ocorridos nesse mesmo dia, ou melhor, nessa mesma noite. Para começar, perdi minhas duas alianças, a de casamento e a de noivado, depois, estendi roupas para secar nos varais e 5 minutinhos depois começou uma chuva de arrasar, mas como derrota pouca é bobagem, ouvi um barulhão vindo do banheiro e quando fui checar, era meu chuveiro que havia simplesmente explodido, depois de tudo isso, ainda tive um leve desentendimento com o marido que ficou “jururu” porque eu não quis assistir um filme com ele, cá entre nós, é que o filme era chatinho.

Antes de receber a notícia do emprego eu havia conversado com Deus, havia aberto meu coração a respeito da entrevista e feito até alguns pedidos que Deus gentilmente se encarregou de realizar, então é claro que eu tinha certeza que os eventos seguintes ao resultado positivo da entrevista haviam sigo obra do satanás, só para eu ficar brava e esquecer a benção que eu havia recebidos alguns minutos antes. Sim, sou dessas que acha que algumas coisas são obras do inimigo.

Mas gente, quer saber, eu fui super astuta (palmas para mim) e percebi a armadilha na qual eu estava caindo, e quer saber o resultado?

O Bru achou minhas alianças caídas dentro da máquina de lavar, achou as duas intactas e ainda por cima lavadinhas.

As roupas ainda estão no varal e se eu tenho uma certeza nessa vida é de que um dia elas ainda irão secar.

Sobre o chuveiro, eu agradeci a Deus, por que no momento da explosão o Bru estava tomando banho, e apesar do susto não aconteceu nenhuma tragédia, nem mesmo um arranhão, agora estou tomando banho de canequinha, mas até que não é tão ruim, pelo menos economizo água e colaboro para sustentabilidade do planeta.

O Bru e eu fizemos as pazes e estamos novamente chicletentos e grudadinhos.

Toma essa, satanás!!

Bom, agora você não precisa mais ficar empolgado e feliz da vida por mim, pode ficar é MUUUUITO empolgado e MUUUITO feliz da vida, porque sinceramente, eu continuo tendo muitos motivos para dar glória a Deus.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Sim! Eu aceito!

Não, eu não sumi, só estava tentando deixar a vidinha de vocês mais emocionante. Tipo fingir que morri e então - SURPRESA! - Aparecer viva e casada!!

“Cuma?”

Viva, ok, dava para suspeitar, mas...Oi? Casada? Difícil de acreditar, né?

Eu sei o que vocês estão pensando e a resposta é: Não. Vocês não estão num universo paralelo em que tudo é o inverso do que realmente é.

Ah! Não estavam pensando nisso? Tá bom, então eu não sei o que vocês estavam pensando. Grande coisa, se eu soubesse ler mentes também não perderia meu tempo lendo suas mentes humanas, usaria minha habilidade para ler a mente do meu cachorro e saber o que ele entende dessa vida, supondo que eu tivesse esse poder e que também tivesse um cachorro, claro. Mas como no momento não possuo nenhuma das duas coisa, vamos começar o post antes que vocês parem de ler, né, minha gente?

Gostaria de contar que, em 07 de fevereiro de 2015, esta que vos fala, entrou em sagrado matrimônio com “aquele menino da faculdade”. Rs. E para aqueles que não estavam lá, eu acrescento que foi uma linda cerimônia temática e que eu entrei elegantemente chorando, dentro de um vestido medieval, ao som de Michel W. Smith. Foi tudo muito simples, mas também muito especial, muito emocionante, muito significativo, como os casamentos devem ser, aliás.

Embora o período entre a decisão e o “Sim! Eu aceito!” tenha sido de apenas 3 meses, o fato é que desde a nossa corte, o Bru e eu já conversávamos e sonhávamos com o dia em que não precisaríamos mais dar tchau.

A verdade, que poucas pessoas admitem, é que decidir casar não é um passo tão importante quanto decidir com QUEM, ou pior ainda, não é tão difícil quanto achar alguém para casar com você. Não que seja pessoal, não estou sugerindo que ninguém queira especificamente casar COM VOCÊ, mas você já deve ter percebido que as coisas mudaram, né? E que casamento está virando raridade. Pra que casar quando você pode juntar os trapinhos? Ou, por que e se limitar a uma pessoa quando se pode ter várias?

Bom, agora que eu casei, gostaria de te contar algumas coisas. Pode ser que não compartilhemos da mesma opinião, e que para você, eu seja apenas uma pessoa antiquada, inadequada a seu tempo, mas permita-me esclarecer: O tempo para mim e para você é o mesmo, o que realmente nos diferencia são os valores.

Como vocês já sabem, ou não, sou Cristã, mas tenho que confessar que esse papo de que a mulher deve ser submissa ao marido sempre me pareceu meio indigesto.

Eu ficava tentando entender o significado da palavra submissão, ou inventando significados para que o conceito se tornasse, para mim, um pouco mais agradável.

Eu refletia comigo mesma: “sub” deve significar “na mesma” e “missão”, deve significar missão mesmo. Então submissão, deve ser o mesmo que “estar na mesma missão”. #Só que não.
Sub é um prefixo e significa abaixo. Ou seja, não é na mesma, nem ao lado, nem junto, é abaixo mesmo. Submissão significa, simplesmente, obediência. Sim, senhores, O-B-E-D-I-Ê-N-C-I-A!
E eu pensava: Heloooow! Quem cuidou desse corpinho e dessa vidinha até agora fui eu e aí, assim do nada, vai vir alguém aqui mandar em mim?  Nana nina não! Eu passo! Nem pensar. Estou muito bem solteira, obrigada! E minha liberdade mandou lembranças.

E eu também julgava: Caramba meu, isso é machismo!

Mas esse conceito de mulheres submissas não é um provérbio chinês, galera! É bíblico. Está lá, naquele livrinho de capa preta e bordas douradas: “As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor” (Efésios 5:22)

Calma, calma, calminha aí, não pare de ler, e não se revolte... ainda. Rs Eu sei o que parece, mas não, não é machismo, pelo menos o conceito não é. A forma de divulgação sim, é uma forma de divulgação oportunista e machista, com certeza, quanto a isso, se revolte, a divulgação foi feita fatalmente por homens, e homens otários acho eu. Tá, ok, agora passei dos limites, talvez não otários, mas egoístas sim ou cretinos, quem sabe.

Mulheres submissas, tá bom. Já entendemos essa parte, mas e quanto aos homens? Eles devem ser o que?

Tcharãããããã! Deus não se esqueceu de falar dos homens, minha gente, a questão é que ninguém divulga o que Deus falou para os homens. Mas eu, euzinha vou contar a vocês essa parte, pois é, está lá também, explicitamente no livrinho que chamamos de palavra de Deus: “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Efésios 5: 25)

Agora reflita comigo: Se os homens devem ser como Jesus é para a igreja, então, galera, acabou minha neura sobre ser obediente ou submissa, porque Jesus, além de lindo, era gentil, prestativo, sábio, cheio de amor, responsável e mais uma infinidade de adjetivos que nem mesmo os príncipes conseguem ter.

Homens, quero dizer-lhes uma coisa, essa história de príncipe encantado deve parecer história de terror se comparada a realidade da pessoa que você deve ser e do caráter que você deve ter!

Mas vamos nos atentar a um detalhe, Jesus é um só, é único, não é qualquer um.

Mulheres, não devemos ser obedientes a qualquer homem, ou a todos os homens, somente a um, e este deve se parecer com Jesus. E obedecer alguém como Jesus para mim não é nada indigesto, é meu sonho, meu desejo! Eu amo Jesus, se meu marido se parecer com Jesus, vou amá-lo também.

Antes de terminar quero esclarecer mais uma coisinha, mulheres submissas e homens como Jesus, são valores, e valores cristãos. Por ser cristã, antes do “Sim! Eu aceito!” eu escolhi não me relacionar com vários homens, mas somente com aquele que se sacrificaria por mim, escolhi não obedecer um homem de caráter duvidoso, ou de hábitos nocivos, escolhi não viver com um homem imoral, violento ou grosseiro e escolhi, antes de todas essas outras escolhas, Jesus!

É isso mesmo, esse post foi para dizer que eu casei, com todas as letras. Casei de vestido branco, sobre um tapete vermelho, ao cheiro de rosas, coloquei uma aliança no dedo e outra no coração e disse uma vez pra igreja e todos os dias a mim mesma:

- Sim! Eu aceito!


quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Adeus ano velho, feliz ano novo!

Aê, 2015 chegou!! Uhuuu!! Demorou, aff!

Gente, super queria fazer uma retrospectiva de 2014 para vocês, só que não! Rs Foi um ano de grandes emoções, vamos definir assim. Foi intenso, dinâmico e surpreendente, e convenhamos que todos esses adjetivos podem pender para qualquer dos lados, o bom e o ruim, não é mesmo?

Terminei meu ano de 2014 mais gata, digo, grata do que imaginei que estaria! Rs E escolhi começar 2015 da mesma forma, gratíssima.

2014 foi Salmo 112 na veia, principalmente o versículo 7: O homem que teme ao Senhor não se atemoriza com más notícias.

Não sei quanto a vocês, mas eu medito desesperadamente em textos bíblicos que falem sobre coisas que eu ainda não alcancei. Em 2014 eu não apenas temi as más notícias, mas para ser bem honesta, eu comecei a ficar totalmente apavorada com Q-U-A-L-Q-U-E-R notícia. Fosse boa ou ruim, lá estava eu, literalmente chorando aos pés de Jesus pedindo misericórdia.

Foi um ano de sentimentos à flor da pele, mas graças a Deus passou, aliás, como tudo na vida. É difícil entender e principalmente aceitar, mas a verdade é que inevitavelmente há tempo para tudo nessa vidinha, inclusive para se desesperar e entristecer.

Mas agora vamos falar de coisa boa, vamos falar de Tecpix! Rs Brincadeira. Vamos falar de esperança e fé, que é o que sobra quando a gente gostaria que a realidade fosse diferente.

Estou tentando aprender que T-O-D-A-S as coisas colaboram para o bem daqueles que amam a Deus, mesmo as situações que não pareçam legais na hora, ou que nunca pareçam legais mesmo 300 anos depois, enfim. Sabe aquele ditado “ o que não nos mata, fortalece”? Nada a ver! Rs O que não nos mata, mas nos machuca, também nos ensina, nos modifica, e se fortalecer, ótimo, mas se enfraquecer, o Senhor é nossa força, certo?

Galerinha, não sei como foi o ano de vocês, se foi muito feliz, legal, seja grato a Deus, mas se foi muito triste, pirrace, seja mais grato ainda. 

Talvez você tenha passado por alguma perda que não possa ser substituída, mas para aquilo que foi perdido, sempre há o consolo do Senhor, a dor não dura para sempre, a alegria sempre surge com uma nova manhã, e essa manhã é ainda mais especial, é o nascer de um novo ano. Aprecie e sorria.

Só quero desejar que 2015 seja lindo, cheiroso, verdadeiro, delicado e feliz para nós! Que Jesus brilhe na nossas vidas, ok?

Fiquem com Deus e lembrem-se que em 2015 tamojunto!