segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O dia em que quase fiquei careca

Quem me conhece há muitos anos sabe muito bem que eu sempre, sempre mesmo, tive quilômetros de cabelos - Amigos que sabem a verdade deem um like para comprovar a veracidade dessa afirmação. Rs  - Nunca foi por estilo, também não acho que cabelos super longos são a coisa mais bonita do mundo, mas assim, eu era obrigada, sim, obrigada, sim senhor. Meu rosto é super, ultra, mega redondo, parece uma bolacha traquinas tocada pela fada azul, então eu simplesmente não tinha opção, deixar os cabelos muito longos foi a forma que eu aprendi para tirar o foco da traquinas, entenderam? 

Porém, dia desses, eu no auge do meu stress - porque não tenho dormido nada, mas isso é assunto para outro post –  decidi que precisava de mais praticidade no meu dia e os cabelos estavam tomando mais tempo do que deveriam para serem lavados e penteados, porque sim, eu gosto lavar os cabelos todos os dias, ou pelo menos dia sim, dia não, caso contrário tenho coceira, não sei se é doença, mas o suor coça, gente. Então decidi cortar um pouco. 

Entrei no salão com D. Laura no carrinho de bebê e perguntei: - Tem vaga para corte de cabelo agora? 
E tinha, porque né? Era uma quinta-feira de tarde. Um moço simpaticíssimo me atendeu e antes da lavagem eu fui logo explicando: - Então, quero que meu cabelo fique mais ou menos na altura do peito (isso era cerca de dois palmos abaixo do ombro), mas como meu cabelo é bem cacheado tem que deixar mais longo para que seco alcance esse tamanho.  

O moço fez cara de que entendeu e ainda completou – Ah! Mas vai encolher só um pouquinho mais ou menos até aqui - e apontou uns dois dedos acima do limite que eu havia estabelecido.  

Você deve estar pensando, mas 2 palmos abaixo do ombro ainda é super longo. Gente, o cabelo estava abaixo do bumbum, ou seja, ainda teria muita coisa para cortar, acreditem em mim. 
Sentei na cadeira e sei lá, quando vi o cabelo já estava cortado na altura do ombro e eu já estava visualizando minha cara ganhar uns 5 quilos em cada bochecha. E o cabelereiro estava lá feliz da vida secando os cabelos cortados que eu doei para alguma instituição que nem sei.  

Fiquei chateada, claro. Mas quando consigo esquecer a vaidade, posso desfrutar da maior praticidade capilar que já tive em toda minha vida. E os cabelos estão mais hidratados também, porque foi embora toda ponta seca, não seca e o que não era ponta também. 

Ok, parece exagero, agora estou me acostumando, mas me senti meio careca, sério mesmo. E quando esqueço que cortei e passo a mão pelo comprimento, dá um pouco de aflição quando a mão para no vácuo onde antes deveria ter um pouco mais de cabelo.  

Sei que é futilidade chamar tanta atenção para um simples corte de cabelo, mas sei lá, foi uma daquelas coisas que eu achava que não poderia, mas vejam só, fiz. E bom, foi esquisito, para dizer o mínimo, mas sobrevivi e apesar da beleza ferida, na vida, representou uma quebra de limites. E agora fico me perguntando que outras coisas depois de feitas serão bem menos assustadoras do que a minha imaginação. 

Bom, é isso e não, não vou postar fotos do novo cabelo agora porque não quero. Muhaha

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