sexta-feira, 24 de abril de 2015

Sim! Eu aceito!

Não, eu não sumi, só estava tentando deixar a vidinha de vocês mais emocionante. Tipo fingir que morri e então - SURPRESA! - Aparecer viva e casada!!

“Cuma?”

Viva, ok, dava para suspeitar, mas...Oi? Casada? Difícil de acreditar, né?

Eu sei o que vocês estão pensando e a resposta é: Não. Vocês não estão num universo paralelo em que tudo é o inverso do que realmente é.

Ah! Não estavam pensando nisso? Tá bom, então eu não sei o que vocês estavam pensando. Grande coisa, se eu soubesse ler mentes também não perderia meu tempo lendo suas mentes humanas, usaria minha habilidade para ler a mente do meu cachorro e saber o que ele entende dessa vida, supondo que eu tivesse esse poder e que também tivesse um cachorro, claro. Mas como no momento não possuo nenhuma das duas coisa, vamos começar o post antes que vocês parem de ler, né, minha gente?

Gostaria de contar que, em 07 de fevereiro de 2015, esta que vos fala, entrou em sagrado matrimônio com “aquele menino da faculdade”. Rs. E para aqueles que não estavam lá, eu acrescento que foi uma linda cerimônia temática e que eu entrei elegantemente chorando, dentro de um vestido medieval, ao som de Michel W. Smith. Foi tudo muito simples, mas também muito especial, muito emocionante, muito significativo, como os casamentos devem ser, aliás.

Embora o período entre a decisão e o “Sim! Eu aceito!” tenha sido de apenas 3 meses, o fato é que desde a nossa corte, o Bru e eu já conversávamos e sonhávamos com o dia em que não precisaríamos mais dar tchau.

A verdade, que poucas pessoas admitem, é que decidir casar não é um passo tão importante quanto decidir com QUEM, ou pior ainda, não é tão difícil quanto achar alguém para casar com você. Não que seja pessoal, não estou sugerindo que ninguém queira especificamente casar COM VOCÊ, mas você já deve ter percebido que as coisas mudaram, né? E que casamento está virando raridade. Pra que casar quando você pode juntar os trapinhos? Ou, por que e se limitar a uma pessoa quando se pode ter várias?

Bom, agora que eu casei, gostaria de te contar algumas coisas. Pode ser que não compartilhemos da mesma opinião, e que para você, eu seja apenas uma pessoa antiquada, inadequada a seu tempo, mas permita-me esclarecer: O tempo para mim e para você é o mesmo, o que realmente nos diferencia são os valores.

Como vocês já sabem, ou não, sou Cristã, mas tenho que confessar que esse papo de que a mulher deve ser submissa ao marido sempre me pareceu meio indigesto.

Eu ficava tentando entender o significado da palavra submissão, ou inventando significados para que o conceito se tornasse, para mim, um pouco mais agradável.

Eu refletia comigo mesma: “sub” deve significar “na mesma” e “missão”, deve significar missão mesmo. Então submissão, deve ser o mesmo que “estar na mesma missão”. #Só que não.
Sub é um prefixo e significa abaixo. Ou seja, não é na mesma, nem ao lado, nem junto, é abaixo mesmo. Submissão significa, simplesmente, obediência. Sim, senhores, O-B-E-D-I-Ê-N-C-I-A!
E eu pensava: Heloooow! Quem cuidou desse corpinho e dessa vidinha até agora fui eu e aí, assim do nada, vai vir alguém aqui mandar em mim?  Nana nina não! Eu passo! Nem pensar. Estou muito bem solteira, obrigada! E minha liberdade mandou lembranças.

E eu também julgava: Caramba meu, isso é machismo!

Mas esse conceito de mulheres submissas não é um provérbio chinês, galera! É bíblico. Está lá, naquele livrinho de capa preta e bordas douradas: “As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor” (Efésios 5:22)

Calma, calma, calminha aí, não pare de ler, e não se revolte... ainda. Rs Eu sei o que parece, mas não, não é machismo, pelo menos o conceito não é. A forma de divulgação sim, é uma forma de divulgação oportunista e machista, com certeza, quanto a isso, se revolte, a divulgação foi feita fatalmente por homens, e homens otários acho eu. Tá, ok, agora passei dos limites, talvez não otários, mas egoístas sim ou cretinos, quem sabe.

Mulheres submissas, tá bom. Já entendemos essa parte, mas e quanto aos homens? Eles devem ser o que?

Tcharãããããã! Deus não se esqueceu de falar dos homens, minha gente, a questão é que ninguém divulga o que Deus falou para os homens. Mas eu, euzinha vou contar a vocês essa parte, pois é, está lá também, explicitamente no livrinho que chamamos de palavra de Deus: “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Efésios 5: 25)

Agora reflita comigo: Se os homens devem ser como Jesus é para a igreja, então, galera, acabou minha neura sobre ser obediente ou submissa, porque Jesus, além de lindo, era gentil, prestativo, sábio, cheio de amor, responsável e mais uma infinidade de adjetivos que nem mesmo os príncipes conseguem ter.

Homens, quero dizer-lhes uma coisa, essa história de príncipe encantado deve parecer história de terror se comparada a realidade da pessoa que você deve ser e do caráter que você deve ter!

Mas vamos nos atentar a um detalhe, Jesus é um só, é único, não é qualquer um.

Mulheres, não devemos ser obedientes a qualquer homem, ou a todos os homens, somente a um, e este deve se parecer com Jesus. E obedecer alguém como Jesus para mim não é nada indigesto, é meu sonho, meu desejo! Eu amo Jesus, se meu marido se parecer com Jesus, vou amá-lo também.

Antes de terminar quero esclarecer mais uma coisinha, mulheres submissas e homens como Jesus, são valores, e valores cristãos. Por ser cristã, antes do “Sim! Eu aceito!” eu escolhi não me relacionar com vários homens, mas somente com aquele que se sacrificaria por mim, escolhi não obedecer um homem de caráter duvidoso, ou de hábitos nocivos, escolhi não viver com um homem imoral, violento ou grosseiro e escolhi, antes de todas essas outras escolhas, Jesus!

É isso mesmo, esse post foi para dizer que eu casei, com todas as letras. Casei de vestido branco, sobre um tapete vermelho, ao cheiro de rosas, coloquei uma aliança no dedo e outra no coração e disse uma vez pra igreja e todos os dias a mim mesma:

- Sim! Eu aceito!