A verdade, bloguinho, é que eu te amo, e não importa quanto
tempo passe, eu sempre quero voltar para você.
Oi galera!
Eu sei, não precisa dizer, faz tempo, tempo demais, eu
diria.
Esse post não é para dizer que eu vou voltar, mas é para
dizer que eu gostaria.
É engraçado e até pouco estranho pensar na relação que
mantive com o blog nos dois anos em que ele ficou efetivamente ativo. Nunca foi
um trabalho e pela responsabilidade que eu sentia, também não posso dizer que
era unicamente lazer, a verdade é que eu gostaria que fosse trabalho, gostaria
de ter o prazer e obrigação de estar com vocês todo dia, de fazer disso aqui, meu
“ganha pão”, mas tudo que consegui foi alimentar uma relação singela e não profissional
de mútuo carinho, então, por mim, tudo bem.
Bom, chega de lamentações e vamos às atualizações:
Gente, graças ao bom Deus, estou no penúltimo ano da
faculdade, até poderia ser o último se eu não tivesse 800h de estágio para
fazer e 400h de horário complementar para entregar. Depois da faculdade, se for
essa a vontade de Deus, gostaria de casar, e se não for, penso muito seriamente
em mudar de profissão, voltar ao teatro, viajar e deixar a vida passar com um
pouco mais de prazer. Porque confesso, meus queridos, que a rotina de trabalho
intenso e faculdade têm me deixado meio amarguinha, além é claro, de ter me
afastado de pessoas que muito amo.
Não comprei um cachorro gordinho, não ganhei muito dinheiro
em algum sorteio maluco, não mudei de casa, não arranjei um editor para os meus
textos e não tirei a carta de motorista depois daquela minha trágica tentativa
que, por acaso, vocês acompanharam por aqui.
Pronto, atualizações feitas, e agora eu queria contar algo
que um dia desses aprendi.
Eu quero falar sobre dízimo, o que além de ser um papo
polêmico, também é mais especificamente para galera cristã.
Tem gente que abomina a prática do dízimo. E se você começou
a ler e não sabe o que é isso, vou tentar explicar melhor. Dízimo é a décima
parte de tudo aquilo que ganhamos e que devolvemos em gratidão a Deus, ou seja,
corresponde a 10% do seu pagamento, que você entrega à igreja.
Eu sempre achei que o dízimo deveria ser algo voluntário,
deveria partir da nossa vontade de agradar a Deus e nunca deveria ser apenas
uma obrigação.
Para ser sincera, sempre que faltava dinheiro no meu
orçamento, a primeira coisa que eu deixava de pagar era o dízimo, afinal,
achava sempre que Deus ia entender e que por não ser uma obrigação, eu poderia
dar esse dinheiro quando quisesse e eu fazia tanto isso, que aos pouco parei
completamente de pagar.
Vale lembrar que meu pastor nunca me tratou diferente por eu
deixar de dar esse dinheiro à igreja, ninguém nunca me cobrou.
Embora eu assistisse com frequência ministrações sobre a
importância dessa prática, eu achava simplesmente que davam aqueles que podiam,
e eu não podia naquele momento. Intimamente eu sabia que eu nunca ia achar que
poderia pagar, sempre ia conseguir dar um destino “melhor” ao dinheiro do
dízimo.
E foi assim, até que eu me descontrolei tanto nos gastos
que, mesmo ganhando relativamente bem, não estava conseguindo pagar as contas,
todo mês faltava um dinheirão para pagar meus compromissos, não estou falando
de R$ 100,00 ou R$ 200,00, estou falando de mais de mil reais por mês, comecei
atrasar minhas mensalidades de tudo e aí, claro, corri para Deus e comecei a
chorar e orar, foi quando aprendi algo muito importante que quero compartilhar
agora com vocês.
Deus começou a falar comigo sobre compromisso, sobre
aliança, e Ele começou a me ensinar, por meio da bíblia, que fidelidade não é
algo unilateral.
Nós cansamos de dizer e ouvir que Deus é fiel, o que realmente
é fato inquestionável, Ele nos demonstra isso todos os dias, de diversas
formas, mas como é que nós podemos demonstrar a Deus que somos fiéis?
Aprendi que dízimo não é dinheiro, é compromisso, é aliança,
é uma das minhas responsabilidades no relacionamento com Deus. Porque todo
relacionamento exige de nós algum tipo de dedicação, seja um namoro, uma
amizade, seja um relacionamento de pai para filho, e com Deus não é diferente.
Deus não é um ser que adoramos de longe e que serve para satisfazer
nossos desejos. Apesar de ser tão poderoso e tão grande, Deus também deseja ter
parte conosco através de um intimo relacionamento.
Então, mesmo faltando dinheiro no fim do mês, eu comecei a
pagar o dízimo, eu tirava dinheiro da alimentação, do lazer, de qualquer coisa,
mas o dízimo se tornou a primeira coisa que eu separava quando recebia o
salário. Não vou dizer que no mesmo mês
ganhei um dinheirão que cobriu todas as minhas dívidas e despesas, não foi
assim. Passei mais alguns meses “no aperto”, mas quando me dei conta, eu havia
conseguido negociar minhas dívidas e tudo estava caminhando bem novamente. Deus
fez literalmente um milagre na minha vida financeira.
Algum tempo depois, quando eu já estava menos “enforcada”,
comecei a pagar meu dízimo num valor maior que 10%, com isso eu queria muito
que Deus soubesse que eu reconhecia sua mão milagrosa sobre minhas finanças. Para minha surpresa, tempos depois, tive um reajuste salarial muito bom e
comecei a receber exatamente o valor que correspondia ao dízimo que eu estava
pagando. Coincidência, minha gente? Não. O nome disso é relacionamento com
Deus.
Deus não precisa do nosso dinheiro, sério mesmo, não
precisa, mas Deus merece nosso compromisso, Deus merece nossa dedicação, Deus
merece e deseja que nosso relacionamento com Ele não seja robótico, ou
distante, Deus nos dá sim esperança todos os dias, todo o tempo, mas Ele também
deseja e espera algo de nós, espera que façamos nossa parte na aliança que
temos com Ele.
Bom galera, é isso. Se você acha que quero incentiva-lo a dar
o dízimo, sim, eu quero. Mas apenas se você ama e conhece a Deus. Caso contrário, isso não serve para você, ou seja, não precisa criticar uma prática que não é sua e sobre a qual ninguém está te exigindo nada, ok?
Muitos beijinhos e fiquem com Deus.